Agradeço a todos os que me visitaram neste espaço.
A partir do próximo ano só estarei no As minhas romãs e no Por ti...com os meus olhos.
sábado, 27 de dezembro de 2008
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Sons
São de sons os poemas
de sílabas
marcadas
de ventos
e marés.
São de sons
as palavras
de música
inventada
e de sons serão
todos os dias
que me completam,
todos os dias
que faltam...
E em sons direi então
os poemas
que te escrevo!
de sílabas
marcadas
de ventos
e marés.
São de sons
as palavras
de música
inventada
e de sons serão
todos os dias
que me completam,
todos os dias
que faltam...
E em sons direi então
os poemas
que te escrevo!
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
É sempre Natal
SEMPRE
De braços abertos
as mãos voltadas
para o Natal
que no peito
sempre permanece.
De mãos abertas
coração sorrindo
para que no peito
o Natal sempre
inspire a nossa voz.
De coração aberto
lágrimas e sorrisos
tempos de festejar
o poder ser sempre
Natal no nosso peito.
A Isabel Filipe fez este lindíssimo trabalho e a 13 de Dezembro de 2007 colocou-o no seu blog com as minhas palavras.
Surpreendeu-me ontem ao enviar como postal de Natal para os seus Amigos.
Obrigada, Isabel.
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Mexes comigo, que raiva!
Mexes comigo, que raiva!|
E mexes.
Com raiva.
Raiva e mexes.
E mexes...
Comigo.
Sim? Com raiva?
Que raiva a tua?
Mexes. Comigo?
Mexes-me...
Com raiva?
Sim.
Mexes comigo.
Com que raiva?
Raiva! Mexes comigo...
E mexes.
Com raiva.
Raiva e mexes.
E mexes...
Comigo.
Sim? Com raiva?
Que raiva a tua?
Mexes. Comigo?
Mexes-me...
Com raiva?
Sim.
Mexes comigo.
Com que raiva?
Raiva! Mexes comigo...
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Vago sonho
Quando te deixo
no mundo do teu sonho
eu vagueio por aqui
ou por ali
e vou gostando desta
sensação de não pertencer
a lugar algum.
Deixo-te sonhar vago
ou em simples aspiração
da realidade
absorvida na tempestade
das tuas palavras
que sem nexo
desesperam todo
o momento,
quando nem existe
este vaguear
e é tão mais simples
que no lugar nenhum
eu te deixe o mundo
e o sonho em palavras
no silêncio da tempestade.
Foto: Viajantis
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Vens?
Vens saber de mim,
se ainda existo
ou se já fui embora,
se estou bem de saúde
e se a família também?
Vens sob que pretexto
interrogar-me?
Vens com que armas
guardadas, escondidas
prontas a disparar?
Afinal vens porquê?
Para quê?
Para me tentares
surpreender
e estender ao comprido
com um golpe certeiro?
Vens para o sítio errado.
Já não estou aqui.
Já fui. Não volto.
Foto: Viajantis
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Justiça
Hoje é o dia do aniversário da Flavia e da sua Mãe Odele.
O post deixado pela Odele deve ser lido, porque nunca seremos demais a clamar por justiça!
Deixo aqui as palavras que escrevi no comentário.
'Que a esperança e a força
sejam o motor
da existência
mesmo que sem volta
o carinho
permaneça em nós
suavizando os momentos
dolorosos,
num abraço longo
e quente
de Amizade e Amor.'
Unidos podemos ser a força.
Beijos para ti Odele, para ti Flavia
O post deixado pela Odele deve ser lido, porque nunca seremos demais a clamar por justiça!
Deixo aqui as palavras que escrevi no comentário.
'Que a esperança e a força
sejam o motor
da existência
mesmo que sem volta
o carinho
permaneça em nós
suavizando os momentos
dolorosos,
num abraço longo
e quente
de Amizade e Amor.'
Unidos podemos ser a força.
Beijos para ti Odele, para ti Flavia
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
O meu mar
Volto ao mar
à imensidão sem fim
que avisto deste lugar
volto com saudades
e ânsia de te rever,
calmo ou furioso
azul ou acinzentado,
hoje sob uma neblina
e um sol tímido
a romper por entre
as nuvens,
volto ao mar
firme entre as rochas
sorrindo-me
e abarcando-me
perdida na água,
que ao mar me devolve
e onde eu sempre voltarei
quando morro de saudade.
Foto repetida: Viajantis
sábado, 13 de dezembro de 2008
Faces
As moedas têm sempre
duas faces
e nesse volte face
são ambíguas
e estranhas
como estranho
é o desalinho
das linhas
sobrepostas
da palma das mãos.
duas faces
e nesse volte face
são ambíguas
e estranhas
como estranho
é o desalinho
das linhas
sobrepostas
da palma das mãos.
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Ruídos
O ruído exaustivo de tanta gente a falar neste espaço, conversas cruzadas, cada um quer fazer-se ouvir e o barulho quase assustador e ninguém se entende, até me faz abalar a paciência.
Eu que cheguei aqui para tentar não pensar, de repente fico perante uma chusma incontrolável de sons sem nexo e de vozes atabalhoadas e saio..
- Pelo menos a saída fui eu que a escolhi!
Escrito inédito a 22 de Novembro de 2006.
Eu que cheguei aqui para tentar não pensar, de repente fico perante uma chusma incontrolável de sons sem nexo e de vozes atabalhoadas e saio..
- Pelo menos a saída fui eu que a escolhi!
Escrito inédito a 22 de Novembro de 2006.
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Envolvência
Fazes-me sorrir
a ironia pontual
das palavras
a condição sinequanon
para a inteligência,
o humor sempre presente
que faz estalar
o meu riso...
a ironia pontual
das palavras
a condição sinequanon
para a inteligência,
o humor sempre presente
que faz estalar
o meu riso...
domingo, 7 de dezembro de 2008
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Ontem
Escolho o vento
a memória estupefacta
de um imaginário
e soergo-me
em constante mutação
na inconstante penumbra
dos meus desejos
infantis.
a memória estupefacta
de um imaginário
e soergo-me
em constante mutação
na inconstante penumbra
dos meus desejos
infantis.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
A apresentação em Lisboa
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
domingo, 30 de novembro de 2008
Sílabas
Fora de tempo
o milímetro que me sobra
para o verso
é quase nulo
e o ritmo fundamental
perde-se
além no cima da serra
ou ali
junto à beira-mar.
São os restos
das sílabas
à desgarrada...
o milímetro que me sobra
para o verso
é quase nulo
e o ritmo fundamental
perde-se
além no cima da serra
ou ali
junto à beira-mar.
São os restos
das sílabas
à desgarrada...
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Verdade
Arrebatado e intenso
o murmúrio das águas
paixão
fonte das palavras
livres
e de amor escritas
com todo o planeta
a vibrar comigo
a conquista
da verdade.
o murmúrio das águas
paixão
fonte das palavras
livres
e de amor escritas
com todo o planeta
a vibrar comigo
a conquista
da verdade.
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Emoção
Se a emoção fosse uma letra
seria a inicial do teu nome,
nítida, bem delineada,
definida e sensual.
Seria um desenho a carvão,
uma paisagem verde,
uma fotografia do mar.
Seria a letra do princípio
e a letra do fim.
seria a inicial do teu nome,
nítida, bem delineada,
definida e sensual.
Seria um desenho a carvão,
uma paisagem verde,
uma fotografia do mar.
Seria a letra do princípio
e a letra do fim.
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Pensei melhor...
Pensei melhor.
Para todos aqueles que passam aqui, mesmo poucos... não é justo deixar de publicar.
Continuarei a fazê-lo.
Em 'L'
O lápis leve
da liberdade
é a leveza laço
o livro o local
do lume
e da loucura.
Foto: Viajantis
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Giz
A propósito
de giz,
projecto um quadro
e traço umas linhas
de força,
que são trinta
por elas.
O quadro preto,
ardósia,
delimita a constância
e a duração ilimitada
da palavra.
E eu invento,
o modo de perpetuar
a libertação.
de giz,
projecto um quadro
e traço umas linhas
de força,
que são trinta
por elas.
O quadro preto,
ardósia,
delimita a constância
e a duração ilimitada
da palavra.
E eu invento,
o modo de perpetuar
a libertação.
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Apatia
Apatia aparente
sem reacção,
silenciosa
percorre o tempo
mínimo de um ai
e esvai-se
esbatida
contra a vidraça.
sem reacção,
silenciosa
percorre o tempo
mínimo de um ai
e esvai-se
esbatida
contra a vidraça.
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Para ti
Agito-me quando te penso,
não sabendo onde estás,
mas sei que o teu eu
me acompanha
a todo o momento,
desde aquela manhã
traiçoeira
que te levou
para algum lugar.
Sei que sabes
que continuo a escrever
e que para ti
são as palavras
que não falo
mas que canto,
nestas folhas de papel
em que me recrio.
não sabendo onde estás,
mas sei que o teu eu
me acompanha
a todo o momento,
desde aquela manhã
traiçoeira
que te levou
para algum lugar.
Sei que sabes
que continuo a escrever
e que para ti
são as palavras
que não falo
mas que canto,
nestas folhas de papel
em que me recrio.
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Frio
Está frio.
Tudo é gelo.
Os movimentos
fragmentam-se,
quebram-se
e as asas ferem o ar gélido.
Está muito frio.
A geada negra
queima todas
as videiras,
o aspecto do ar
é tão escuro
que eu já sei voar,
já não sinto frio,
já me elevo
até lá...
aí, acolá, além
sempre e sobretudo
onde não existe frio.
Tudo é gelo.
Os movimentos
fragmentam-se,
quebram-se
e as asas ferem o ar gélido.
Está muito frio.
A geada negra
queima todas
as videiras,
o aspecto do ar
é tão escuro
que eu já sei voar,
já não sinto frio,
já me elevo
até lá...
aí, acolá, além
sempre e sobretudo
onde não existe frio.
domingo, 2 de novembro de 2008
Tu és
Tu és o poeta
que me beija os silêncios
e adivinha
as minhas palavras
e se as não escrevo
tu as memorizas
nos teus poemas,
és tu o poeta
que enlaça os meus desejos
e perscruta
o meu pensamento,
mil vezes delirante
mil tantas outras vezes
colorido de façanhas,
tu és o meu poeta
das cores e dos sons
e te entrelaças
no rio que corre em mim
e é na tua foz que
desagua o poema
que a mim dedicas!
que me beija os silêncios
e adivinha
as minhas palavras
e se as não escrevo
tu as memorizas
nos teus poemas,
és tu o poeta
que enlaça os meus desejos
e perscruta
o meu pensamento,
mil vezes delirante
mil tantas outras vezes
colorido de façanhas,
tu és o meu poeta
das cores e dos sons
e te entrelaças
no rio que corre em mim
e é na tua foz que
desagua o poema
que a mim dedicas!
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Se
Se as tuas mãos se moldam
ao meu sorriso,
enfáticas
e do acalento
que delas nasce
eu renasço
uma e outra vez,
quero que elas
se perpetuem
no afago agora eterno
que das tuas mãos
emana,
em pleno temporal
o gesto suave
com que moldo
as tuas mãos
se elas expressam
o comum caminho
da descoberta
e o meu sorriso.
ao meu sorriso,
enfáticas
e do acalento
que delas nasce
eu renasço
uma e outra vez,
quero que elas
se perpetuem
no afago agora eterno
que das tuas mãos
emana,
em pleno temporal
o gesto suave
com que moldo
as tuas mãos
se elas expressam
o comum caminho
da descoberta
e o meu sorriso.
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Morte
Falta esculpir
na pedra a data
do tempo feliz
e o nome do silêncio
que após passar
deixou o teu rasto
de caminhante.
Falta aperfeiçoar
o som do gesto
e colocar
as páginas
no livro que todos lerão.
Falta tanto,
falta nada,
faltas-me tu
na noite insone,
falto-te eu
na incerta aceitação
da morte.
na pedra a data
do tempo feliz
e o nome do silêncio
que após passar
deixou o teu rasto
de caminhante.
Falta aperfeiçoar
o som do gesto
e colocar
as páginas
no livro que todos lerão.
Falta tanto,
falta nada,
faltas-me tu
na noite insone,
falto-te eu
na incerta aceitação
da morte.
domingo, 26 de outubro de 2008
BERROS
Ofereço este poema à incentivadora, visitante e comentadora mais antiga e assídua dos meus blogs, incisiva e isenta, a Wind, com carinho.
Espero que gostes.
Um grito é um berro.
Gritar é bradar.
Berrar é gritar,
ralhar.
Bradar é clamar.
Clamar é protestar,
exclamar.
Ralhar é barafustar,
vociferar.
Vociferar é debater-se,
discutir
e contestar.
Agito-me com violência
e berro e grito e debato-me,
brado, vocifero e ralho,
barafusto, discuto, contesto,
exclamo, clamo
e reclamo:
-Clemência!
Espero que gostes.
Um grito é um berro.
Gritar é bradar.
Berrar é gritar,
ralhar.
Bradar é clamar.
Clamar é protestar,
exclamar.
Ralhar é barafustar,
vociferar.
Vociferar é debater-se,
discutir
e contestar.
Agito-me com violência
e berro e grito e debato-me,
brado, vocifero e ralho,
barafusto, discuto, contesto,
exclamo, clamo
e reclamo:
-Clemência!
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Cansaço
Cansam-me as ruas
apinhadas de gente
e frio do final da tarde
entranha-se nos ossos
e cansa-me...
canso-me das palavras
e dos rotineiros dias
sem rumo e desfeitos
e já me cansa tudo
o que não vejo
e o que não sinto.
apinhadas de gente
e frio do final da tarde
entranha-se nos ossos
e cansa-me...
canso-me das palavras
e dos rotineiros dias
sem rumo e desfeitos
e já me cansa tudo
o que não vejo
e o que não sinto.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
A meio
Algumas partidas
do destino
são atenuantes
da confrangedora
rotina
outras são
intragáveis
ou indigestas
e põem sempre à prova
a nossa pouca
capacidade
de persuasão.
Quantas vezes
queremos sair
a meio da cena?!
do destino
são atenuantes
da confrangedora
rotina
outras são
intragáveis
ou indigestas
e põem sempre à prova
a nossa pouca
capacidade
de persuasão.
Quantas vezes
queremos sair
a meio da cena?!
sábado, 18 de outubro de 2008
Perco-me
Perco-me no silêncio
em que calas o meu
grito,
na ausência que o tempo
força,
na penumbra da memória,
no sôfrego latejar
das entranhas.
Perco-me no gelo
do teu corpo sem mim.
em que calas o meu
grito,
na ausência que o tempo
força,
na penumbra da memória,
no sôfrego latejar
das entranhas.
Perco-me no gelo
do teu corpo sem mim.
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Partilha
Tenho que inventar
palavras
quando todas parecem
existir,
palavras simples,
o significado
coerente
do que eu sinto,
preciso de inventar
palavras
para lhes dar
o sentido
comum
deste amor que
partilho.
palavras
quando todas parecem
existir,
palavras simples,
o significado
coerente
do que eu sinto,
preciso de inventar
palavras
para lhes dar
o sentido
comum
deste amor que
partilho.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Tanto
São 6h30 de um sábado.
O telemóvel anuncia uma mensagem escrita.
Acordaste e pensaste em mim.
Deixo-me adormecer nas palavras
como se estivesses aqui
e me amasses no todo de mim.
O telemóvel anuncia uma mensagem escrita.
Acordaste e pensaste em mim.
Deixo-me adormecer nas palavras
como se estivesses aqui
e me amasses no todo de mim.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Lembras-te?
Lembras-te quantas vezes
descemos a falésia
até à praia
de mão dada
e me explicaste
das cegonhas
e depois das gaivotas
e mergulhámos no mar?
E lembras-te
que um dia te foste
embora
e me disseste
que o tempo era o errado?
Lembras-te
que não voltaste
a descer comigo a falésia
nem me falaste mais
das gaivotas
nem das cegonhas?!!
descemos a falésia
até à praia
de mão dada
e me explicaste
das cegonhas
e depois das gaivotas
e mergulhámos no mar?
E lembras-te
que um dia te foste
embora
e me disseste
que o tempo era o errado?
Lembras-te
que não voltaste
a descer comigo a falésia
nem me falaste mais
das gaivotas
nem das cegonhas?!!
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Até
A noite sucumbe
nos teus braços
e a paixão renasce
neste cansaço,
dilatam-se as veias
no jorrar inevitável
do crepúsculo...
nos teus braços
e a paixão renasce
neste cansaço,
dilatam-se as veias
no jorrar inevitável
do crepúsculo...
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Voo
Compro o bilhete de ida
instalo-me confortavelmente
(dentro do possível)
e olho a paisagem.
A viagem torna-se longa
e cansativa
e deixo de me sentir
tão confortável.
Quero sair dali
rapidamente
mas tenho que esperar
(espero, claro)
quando chego
suspiro de alívio!
Até que enfim...
Nunca mais ando de avião.
Foto: Viajantis
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Paleta
Vou pintar-te das cores
mais belas,
profundas
e amantes,
que existem
nesta minha paleta
como poeta,
como artista,
pintar-te-ei
com as cores
inexistentes
e inventadas
nas minhas mãos
de amor.
mais belas,
profundas
e amantes,
que existem
nesta minha paleta
como poeta,
como artista,
pintar-te-ei
com as cores
inexistentes
e inventadas
nas minhas mãos
de amor.
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Mágoa
Aproximas-te distraído
como quem não me vê,
estás tenso e eu sinto.
Abres-me a tua vida
num torpedo de mágoas,
eu ouço-te em silêncio.
como quem não me vê,
estás tenso e eu sinto.
Abres-me a tua vida
num torpedo de mágoas,
eu ouço-te em silêncio.
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
terça-feira, 30 de setembro de 2008
Intensamente
A suavidade da aragem
prolonga a plenitude
e como que querendo ficar,
intensifica o aroma
que este desejo
acentua em cada poro
da minha pele.
Foto: Viajantis
domingo, 28 de setembro de 2008
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Muito fácil
Sente-se
mente-se
ressente-se
desmente-se
um sentido
uma mentira
ressentimento
desmentido
consentimento
repetido
pedido
arrependimento...
e assim se aprende
a não errar.
Foto: Viajantis
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Eu: Presente!
Ergo a mão e grito:
-Presente!
Presente na tua luta diária
presente quando não te vejo
presente há vinte e um anos
na tua vida.
Orgulho-me de ser presente
e orgulho-me de te acompanhar
no próximo dia 26.
-Presente!
Presente na tua luta diária
presente quando não te vejo
presente há vinte e um anos
na tua vida.
Orgulho-me de ser presente
e orgulho-me de te acompanhar
no próximo dia 26.
domingo, 21 de setembro de 2008
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Voando
Escrevi este poema em Julho de 2006 e não chegou a integrar o meu 1º livro.
Foi escrito a um dos grandes amores da minha vida.
Sussurras-me ao ouvido
palavras que me embalam
na tua voz tão cheia de música
os gestos ternos acompanham
um terno olhar
a luz do sorriso
um braço que me envolve
um toque sensual
ao som de um aplauso
que a poesia alcançou.
Deixa-me voar contigo
e navegar no mar que sonhei
azul e calmo
bravo e cinzento
profundo e imenso
nos beijos que nos damos
como a ave que se liberta
no poema que te escrevo.
Foi escrito a um dos grandes amores da minha vida.
Sussurras-me ao ouvido
palavras que me embalam
na tua voz tão cheia de música
os gestos ternos acompanham
um terno olhar
a luz do sorriso
um braço que me envolve
um toque sensual
ao som de um aplauso
que a poesia alcançou.
Deixa-me voar contigo
e navegar no mar que sonhei
azul e calmo
bravo e cinzento
profundo e imenso
nos beijos que nos damos
como a ave que se liberta
no poema que te escrevo.
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
O mar aqui
Torno o som de ser
numa amálgama de sentidos
e invado o terreno
como se o mar não se perdesse
e em mim me encontrasse.
Foto: Viajantis
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
As linhas
Linhas desalinhavadas
desniveladas ou desfiadas
desalinho e entrelinhas
tesouras e canetas
folhas e tempestade
são só linhas
em desalinho
recortadas e escritas
em papel marfim
no entre desnível
de um orgasmo que não se alinha
porque as linhas
estão desfiadas e desalinhadas
em bocados de suor.
Foto: Viajantis
domingo, 7 de setembro de 2008
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Janelas
As janelas são uma invenção.
Inventei-as quando fui parida
e julguei que ali as janelas
tinham cores
e que as luzes
vinham dos candeeiros
da rua.
Foi tudo uma invenção.
Na noite em que acordei
gelada e chateada,
depois de ter passado
aqueles nove meses
acolhedoramente
quente.
Que raio de invenção!
Foto: Viajantis
terça-feira, 2 de setembro de 2008
domingo, 31 de agosto de 2008
Calma
Espero com calma
a carta prometida
escrita com a alma
de letras azuis
espero-te aqui
neste presente
que danço para ti...
a carta prometida
escrita com a alma
de letras azuis
espero-te aqui
neste presente
que danço para ti...
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Escrever
Um dia escrevi
com um aparo de lágrimas
amachuquei as palavras
e abri uma fenda
na parede da casa antiga.
Um dia escreverei
com um lápis de bico riso
guardarei o poema futuro
e perder-me-ei
exausta nos teus braços
de papel.
com um aparo de lágrimas
amachuquei as palavras
e abri uma fenda
na parede da casa antiga.
Um dia escreverei
com um lápis de bico riso
guardarei o poema futuro
e perder-me-ei
exausta nos teus braços
de papel.
terça-feira, 26 de agosto de 2008
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Emoção
A emoção não se anuncia
e faz a sua entrada
quando em alerta
o coração se entreabre
e as lágrimas podem
jorrar límpidas
ou podem ser engolidas,
por estradas inventadas
e secas na origem.
A emoção é a vida
que se interpela
e o silêncio não se interpõe
e o choro amontoa-se
nos pergaminhos de uma ânsia,
volvida que foi a tempestade
o regresso vem de repente...
Foto: Viajantis
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
terça-feira, 19 de agosto de 2008
Versos
O livro foi editado
com todos os versos
que amaste e que me deste
amarelecido pelo tempo
os versos ainda se lêem
e no amor que nos demos
sobressaiem as páginas
dessa felicidade.
É bom que assim seja
que os versos perdurem
que as vozes não se calem
abafadas pelas cinzas
de outro tempo.
com todos os versos
que amaste e que me deste
amarelecido pelo tempo
os versos ainda se lêem
e no amor que nos demos
sobressaiem as páginas
dessa felicidade.
É bom que assim seja
que os versos perdurem
que as vozes não se calem
abafadas pelas cinzas
de outro tempo.
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Encontro
O encontro foi banal
cheio de trivialidades
e conversa
de circunstância
alguns risos
que se ouviram na sala,
foi um encontro vulgar
entre pessoas diferentes
quanto um cacto
não tem a ver com gaivotas.
E não houve necessidade
de continuar.
Foto: Gustavo Lebreiro
sábado, 16 de agosto de 2008
Gaivota
A gaivota entrelaça
o pensamento e a palavra
desnuda-se afrodisíaca
ondulante
como as marés
do meu mar aqui...
Foto: Gustavo Lebreiro
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Passagem
É o cheiro da natureza.
É o verde que nos escapa
mas que ainda sentimos,
é passar incólume
entre dois mundos.
Foto: Gustavo Lebreiro
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Exclamações
Ao longo da caminhada
coisas deixam de fazer sentido
(se é que há sentido)
é longa a caminhada
(se é que é longa)
e ao longo
de um perímetro
circunscrito
(se é que é ao longo)
só ficam os restos
(serão restos)
deteriorados
e apodrecidos
de frutos
(se é que há frutos)
interrogações
que ao longo da caminhada
(se é que é longa)
ficam sem resposta.
(Eram perguntas?)
Eram afirmações.
São exclamações.
Foto: Gustavo Lebreiro
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Semi
Chegamos semi perdidos
à procura de nada
à espera de tudo
sorrisos de alguns
lágrimas de outros...
Foto: Gustavo Lebreiro
domingo, 10 de agosto de 2008
Rio
Ao virar da curva
o regresso é inevitável
e é por ali que descemos
e nos perdemos
na água transparente
do rio.
o regresso é inevitável
e é por ali que descemos
e nos perdemos
na água transparente
do rio.
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Loucura
Desce à terra
uma voz nítida
de esperança,
traz simples pó
e areia do deserto
e o eco
enfeitiçado
da loucura.
Foto: Gustavo Lebreiro
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Ridícula
Ridícula
insistência
em revolver
um curto tempo
e um espaço
fechado
na minha cara.
Ridícula
é a insistência
em querer ficar
onde nunca
cheguei a estar...
Foto: Gustavo Lebreiro
Peço desculpa se repito a foto, mas algumas tocam-nos...
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Coabitação
Coabito com a penosa sensação
de falhanços sucessivos
e como se tal não bastasse
à sobrevivência,
ainda convido para a minha sala
a música descaracterizada
de longas noites de silêncio
e algumas marionetas
dos teatros infantis
que nunca me agradaram
e das quais dispenso a convivência.
Contradições de coabitação
e a coabitação
contraditória de um punhado
de ilusões,
ou de ilusórias punhaladas?
Foto: Gustavo Lebreiro
terça-feira, 5 de agosto de 2008
Impulsividade vs defeito
Existem coisas das quais nos apercebemos, seja porque outros nos chamam a atenção, seja porque reflectimos sobre elas.
É preciso chegar aos cinquenta e tantos anos e concluir que a impulsividade é um defeito tremendo.
Abala qualquer relação e dá cabo da paciência a qualquer um!
Não é a minha opinião. Nem mudarei os meus impulsos só para agradar a quem não pensa como eu.
Serei casmurra? Possivelmente.
Mais um defeito a juntar a muitos outros.
E assim, vou sobrevivendo, planando nos meus defeitos.
Foto: Gustavo Lebreiro
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
domingo, 3 de agosto de 2008
Amor é
Amor é convocar os deuses e eles aparecerem.
Amor é sobrevoar o imaginário.
Amor é soltar a criatividade.
Foto: Gustavo Lebreiro
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
quinta-feira, 31 de julho de 2008
Dúvida
Reduzida à sua dimensão
coloca-se a dúvida
de ser ou não
por onde começar
ou onde ficar.
Quadro: Fernando Benza
quarta-feira, 30 de julho de 2008
terça-feira, 29 de julho de 2008
Sem título
segunda-feira, 28 de julho de 2008
Foz
Em dó pausa
ritmo lassidão
vento e paixão
música vastidão
assintomática loucura
a renúncia
na foz do rio.
ritmo lassidão
vento e paixão
música vastidão
assintomática loucura
a renúncia
na foz do rio.
domingo, 27 de julho de 2008
Vento
Não gosto do vento.
Mas aceito-o.
Mesmo sabendo
que quando ele passa
me leva sempre
os sonhos para muito longe.
E se os traz de volta
(outros certamente)
volta a roubar-mos.
Não gosto do vento.
Mas aceito-o...
Mas aceito-o.
Mesmo sabendo
que quando ele passa
me leva sempre
os sonhos para muito longe.
E se os traz de volta
(outros certamente)
volta a roubar-mos.
Não gosto do vento.
Mas aceito-o...
sábado, 26 de julho de 2008
Em 'C'
Cansamos o corpo
constante
com as cores centelha
e corroemos cantando
cégadas
a claridade cega
dos contos de coragem
e de cruéis caprichos
e ciladas
cortamos os ciprestes.
constante
com as cores centelha
e corroemos cantando
cégadas
a claridade cega
dos contos de coragem
e de cruéis caprichos
e ciladas
cortamos os ciprestes.
sexta-feira, 25 de julho de 2008
Sumo
quinta-feira, 24 de julho de 2008
quarta-feira, 23 de julho de 2008
É
Surges no meu caminho
escrevendo
na tábua do destino
a loucura
de ser eu,
o desejo macio
da tua voz
e a calma perfeita
de ti,
no nosso caminho
paralelo à tarde
toca a música
das tuas mãos,
no ainda cedo de nós.
escrevendo
na tábua do destino
a loucura
de ser eu,
o desejo macio
da tua voz
e a calma perfeita
de ti,
no nosso caminho
paralelo à tarde
toca a música
das tuas mãos,
no ainda cedo de nós.
terça-feira, 22 de julho de 2008
Anjo
segunda-feira, 21 de julho de 2008
domingo, 20 de julho de 2008
Desencontro factual
Eu calo-me
e tu falas
eu escrevo
e tu respondes
eu nego
e tu questionas
eu saio
e tu regressas...
e tu falas
eu escrevo
e tu respondes
eu nego
e tu questionas
eu saio
e tu regressas...
sábado, 19 de julho de 2008
Recomendação
Para que esse entorpecimento
das ideias não vagueie
e não desande em excesso
de velocidade
recomenda-se
um cinto de castidade
nos neurónios
afectados
pela paixão...
das ideias não vagueie
e não desande em excesso
de velocidade
recomenda-se
um cinto de castidade
nos neurónios
afectados
pela paixão...
sexta-feira, 18 de julho de 2008
Amar
Eu amei-te
tu não me amas
ele amou-a
ela não o ama
nós amámo-nos
vós não os amais
eles amaram-nas
elas não os amam.
tu não me amas
ele amou-a
ela não o ama
nós amámo-nos
vós não os amais
eles amaram-nas
elas não os amam.
quinta-feira, 17 de julho de 2008
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